O
que é pós-processamento CNC?
No
inicio do pós-processamento CN, um pós-processador
era considerado uma ferramenta de interface entre o CAM e a máquina
CN, ou seja, um mero tradutor, lendo as instruções
emitidas de um sistema CAM e escrevendo numa forma apropriada para
uma máquina CN especifica.
Hoje, porém, o pós-processamento evoluiu para incluir
uma gama dinâmica de ferramentas de otimização
do código que são responsáveis por emitir um
código de máquina CN o mais eficiente e produtivo
possível.
O pós-processador CN é responsável por unir
duas tecnologias muito diferentes, e serve freqüentemente para
compensar as deficiências entre elas. Tenha em mente o ponto
crucial do assunto: um pós-processador pode ampliar a tecnologia,
ou pode inibi-la, dependendo de sua aplicação.
Entender como um pós-processador pode ampliar tecnologia,
ajuda entender como e por que os pós-processadores evoluíram,
como era tradicionalmente aplicado, e como o surgimento de sistemas
de pós-processadores avançado mudou o modo de uso
desta tecnologia hoje. Este artigo mostrará como podem os
pós-processadores CN atuar como componentes fundamentais
em automatização industrial.
O que é um pós-processador?
A maioria dos sistemas CAM gera um ou mais tipos de arquivos de
linguagem neutra que contêm instruções para
uma máquina CN. Estes ou estão em um formato binário
chamado CLDATA ou algum formato ASCII o qual é legível
e geralmente escrito em linguagem APT.
APT é uma sigla para "Ferramentas Automaticamente Programadas"
que aceita definições geometrias simbólicas
e instruções de usinagem, e gera CLDATA que descreve
uma operação de usinagem passo a passo em condições
absolutas. Alguns sistemas de CAM provêem um grande grau de
flexibilidade, permitindo incluir quase qualquer coisa no arquivo
neutro, outros são bastante rígidos sobre o que pode
e não pode ser incluído.
No outro estremo do pós-processamento estão as máquinas
CN. Que requerem informações personalizadas para que
o controle exija menos do profissional que opera a máquina.
Mais importante, a máquina CN deve ser dirigida para satisfazer
os critérios de chão de fabrica que estão principalmente
baseados em segurança e eficiência.
O pós-processador é o software responsável
para traduzir instruções neutras do sistema CAM para
as instruções específicas requeridas pela máquina
CN. Este software precisa responder às exigências e
limitações do sistema CAM, máquina CN e ambiente
industrial.
Então, pós-processar é uma parte importante
de automatização industrial, como é qualquer
coisa que se encontrem no caminho crítico entre o engenheiro
responsável pela produção e o departamento
de remessa.
Uma perspectiva histórica
As pessoas perguntam freqüentemente se realmente precisam de
pós-processadores, desejando saber se talvez todo assunto
não seja conversa de vendedores de sistemas de pós-processadores
sem escrúpulos.
Na realidade, realmente não há uma conspiração,
apenas muita praticidade.
Padrões internacionais (ISO) como também padrões
nacionais americanos (ANSI, EIA) definem ambos um formato de saída
para sistemas CAM e um formato de entrada para máquinas CN.
Estes dois formatos, saída do CAM e entrada das máquinas
CN, são muito diferentes.
Por que não um padrão, um único formato? Padrões
estão freqüentemente baseados em prática existentes.
Eles servem para definir um único método aceito de
varias escolhas possíveis, todos os quais estão geralmente
arraigados nas práticas de costumes afins.
Padrões contrários à prática comum aparecem
de vez em quando, mas eles são difíceis de se justificar,
de se estabelecer ou de serem aceitos. Eles também requerem
muito mais dedicação e esforço que as maiorias
das pessoas estão dispostas a dispor.
A proliferação de sistemas APT competindo entre si,
permitiu a definição de um padrão para auxiliar
os "input e output" e viabilizar a entrada de dados nos
controles, deste modo, foram criados padrões definindo-se
os elementos requeridos para usinagem. Semelhantemente, a proliferação
de controles CN também exigiu um pouco de uniformidade, e
para os controles foram criados padrões de linguagem definindo
as primeiras regras baseadas em praticas de usinagem.
Isso nos deixou supor por um momento que uma única solução
unificando tudo, tinha sido criada em um prazo razoável,
e que um número significante de companhias fabricantes de
CAM e de controle CN concordaram em fazer um esforço para
o bem comum.
O
que ocorreu então?
O tempo passa e vendedores de CAM e de NC percebem logo que uma
única solução unificando tudo não responderia
pela competitividade.
Há três modos pelo menos para se agir, por exemplo,
com o surgimento de um novo recurso ou característica tecnológica
que não seja coberto pelos padrões.
- Primeiro; A pessoa revisaria primeiro o padrão, então
implementaria este novo recurso, anunciaria aos clientes de um modo
satisfatório logo depois que o padrão seja publicado.
- Segundo; Proveria o novo recurso primeiro aos clientes, então
depois recorreria a padronização.
- Terceiro; Ignoraria qualquer esforço no sentido da padronização
e implementaria os novos recursos ao cliente tão depressa
quanto possível.
A opção mais aceita é aquela que dá
menos tempo e chance a competição.
"O novo recurso ou característica será comercializado
tão depressa quanto possível".
Sendo assim as coisas agora ficam um pouco mais complicadas. Se
a nova característica está no controle CN, como poderia
o sistema CAM do cliente prever esta nova característica
de modo a habilitá-la no controle CN, e vice-versa?
O padrão tem que ser estendido em ambos os lados da interface
para fazer a nova característica funcionar. Os vendedores
de CAM e de NC, ambos têm que concordar em incorporar a funcionalidade
sem padrão para permitir acesso a esta nova característica.
Quem ganhará? Ambos ganharão igualmente?
Seria mais provável que algum tipo de pré-processador
fosse exigido para mudar o 'output' do sistema CAM para satisfazer
as exigências de 'input' da máquina CN. Além
disto, um pré-processador provavelmente é preciso
já para controlar conversões de formato binárias
entre o computador do sistema CAM e o controle CN. Inicialmente
a conversão será simples, mas com o passar do tempo
e divergências do padrão continuam a aumentar, a conversão
ficará então mais complexa talvez para um ponto onde
poderiam ser requeridos pré-processadores diferentes para
cada máquina CN.
Quem proverá o pré-processador, especialmente se ambos
o 'output' do sistema CAM e o 'input' da máquina CN contêm
extensões ao padrão? O que acontece quando um padrão
revisado aparece, ou uma publicação de vendedor de
CAM ou o fabricante de computador lhe fala que o computador que
você está usando está obsoleto e não
é compatível com o modelo mais novo?
Isto tudo estão começando a soar familiar?
Realmente dá no mesmo se a interface entre CAM e NC é
unificado ou não. Pressões de mercado criarão
incompatibilidades no final das contas, e algum software será
necessário para atravessar a questão. A única
pergunta a se responder é, que software usar?
Escolher um sistema de pós-processamento ou um pós-processador.
Pós-processadores podem fazer muitas outras coisas além
de traduzir o código CLDATA ao código da máquina
CN. Por exemplo, um pós-processador pode se resumir em movimentação
dos eixos, limitando a alimentação e velocidade de
pós-processamento, e a qualidade da informação
pós-processada podendo assim minimizar o uso dos recursos
disponíveis do CAM ou do CN.
Porém, pós-processadores mais sofisticados podem validar
o programa antes que fosse cortado na máquina CN. Há
muitas regras simples que um pós-processador pode seguir,
como colocar mensagens de advertência, que seriam exibidas
quando regras são violadas.
Alguns exemplos:
-Notando se uma ferramenta não é selecionada próximo
do inicio do programa.
-Advertência quando movimentos de corte são implementados
com fuso parado.
-Sinalizando longa série de movimentos de posicionamentos.
-Advertindo que a ferramenta esta fora do plano de usinagem;
-Notando se não forem ligadas as compensações
de comprimento ou diâmetro quando forem solicitadas para uma
ferramenta.
Além de validação simples vem a correção.
Há
muitas situações onde um pós-processador pode
descobrir um erro e corrigi-lo.
Exemplos
incluem:
-Ciclos fixos ativos durante uma mudança de ferramenta (eles
deveriam ser temporariamente cancelados);
-Selecionando uma gama de engrenagem de fuso incorreta ou inexistente
(o pós-processador deveria selecionar uma gama de velocidades
que a máquina possua);
-Especificando um sistema de lubrificação indisponível
solicitado (o pós-processador deveria selecionar o próximo
melhor tipo).
Os melhores pós-processadores mantêm um quadro global
do trabalho completo a toda hora, enquanto adequando os eventos
que estão chegando, tomam decisões sobre atual.
O programador CN usa esta informação para aperfeiçoar
o trabalho sem, no entanto precisar intervir no pós-processamento.
Por
exemplo:
-Pré-selecionando a próxima ferramenta assim que fisicamente
possível;
-Segmentando uma fita em uma mudança de ferramenta de modo
que o caminho da ferramenta chegue inteiro adequando tudo para que
se ajuste no carretel atual;
-Selecionando uma engrenagem de fuso que melhores ajustes as exigências
de velocidade atuais e subseqüentes;
-Alterando inteligentemente entre eixos paralelos (Z e W) baseado
nos tipos de operações que chegar e limites de movimentos
disponíveis.
Pós-processadores também podem trabalhar com relação
às limitações e bugs do sistema de CAM ou na
máquina CN. É geralmente muito mais fácil de
mudar o pós-processador do que adquirir uma revisão
nova do sistema CAM, ou uma nova revisão da executiva do
controlador CN.
O ponto importante a ser dito é que o programador CN não
deveria se preocupar sobre máquina CN ou idiossincrasias
do operador de máquina que não afetam a produção
de um trabalho diretamente. Sempre que possível, bons pós-processadores
deveriam trabalhar sobre estes detalhes, porém sem transparecê-los
aos usuários.
Sistemas CAM, máquinas CN, CLDATA e vocabulário de
pós-processadores padrões não podem ser todos
misturados para produzir um sistema de funcionamento imediatamente
junto.
Há muitas variáveis no mundo real, e padrões
são muito restritos a extensões, para se alcançar
integração total de todos estes componentes.
Pós-processadores permitem juntar tudo, e pós-processadores
bons podem fazer isto com um mínimo de esforço.
Os melhores trabalhos pós-processados são transparentes,
em outras palavras os melhores pós-processadores são
os que o usuário não toma conhecimento sobre a complexidade
dos cálculos e ações que estão ocorrendo
por traz do pós-processamento e nem se preocupa com ele.
Eles aguardam o pós-processamento tranqüilamente, e
só interferem quando algum alarme for dado, garantindo o
trabalho feito.
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